Nascemos do desejo de conectar duas artistas de diferentes percursos e criar diálogos entre suas experiências, no anseio de refletir sobre a diversidade dos modos de investigação e criação guiados pela interdisciplinaridade na perspectiva da arte contemporânea, tendo o CORPO e a IMAGEM como guia dos processos. Assim, o coletivo busca criar um espaço de confluência aberto às possibilidades de ação nos entre-espaços, nos quais os diferentes modos de se operar na arte possam se encontrar/cruzar/afetar. Busca ser um campo fértil, aberto e indisciplinado. Um lugar de atravessamentos e diálogos. Espaço híbrido e fecundo.
Partindo dos estudos e experiências das artistas no campo da Dança e das Artes visuais, o coletivo indisciplinar têm a performance como um lugar de confluências, aberto a atravessamentos e ressignificações. A performance como o entre-fronteiras, como espaço de desterritorialização, passível-possível de riscar[arriscar-se] novos espaços, diálogos e encontros.
O termo indisciplinar, nesse sentido, remete a quebra dos fluxos reguladores que tendem a apartar e disciplinar tudo que se julga estar descomedido ou desordenado. É ir de encontro à lógica de uma estrutura que historicamente tende criar contornos inflexíveis entre os corpos, espaços, ações e modos de operar. É assumir a indisciplina, riscar os conceitos, construir__pontes e bordear as possibilidades. É rasgar os limites, transbordar para dentro e fora. Permitir-se olhar através dos olhos de outrem, de ser novas paisagens. De ir à margem e saltar no vazio.